Ressignificando a espiritualidade na sua vida com autonomia

Você sabe mesmo o que é a espiritualidade? Eu nunca me perguntei isso, mas eu descobri que eu não sabia o que ela realmente é.

Eu confundia espiritualidade com religião e acabei me afastando dela porque queria me afastar da religião quando passou a não fazer mais sentido na minha vida. Mas uma não tem nada a ver com a outra.

Espiritualidade vai muito além e é essencial em nossas vidas.

Transição espiritual em tendência: do cristianismo à reflexão crítica

Antes de entrar na ressignificação da espiritualidade, quero contar a minha história com a espiritualidade. Eu cresci sendo educada pelas regras morais do Cristianismo. Minha vó, que me criou por boa parte da minha vida, era muito católica, e foi o Catolicismo que definiu minha base espiritual.

Eu fiz catequese, crisma e também naveguei pelo protestantismo. Até os 16 anos por aí, eu era muito fiel à bíblia e ia frequentemente à igreja. Tudo que eu conhecia como espiritualidade era baseado no que minha família me falava sobre Deus e Jesus e o que eu aprendia na igreja.

Mas tudo mudou quando, na adolescência, eu comecei a formar meu pensamento crítico e questionar a religião. Aos poucos, eu fui vendo que muitos desses ensinamentos que eu aprendi não faziam qualquer sentido prático na minha vida ou sequer me ajudavam.

De fato, muitos jovens da minha geração, ao construírem seu pensamento crítico, começaram a se afastar do Cristianismo e de qualquer religião por esses mesmos motivos.

O fato é: o que se interpreta da bíblia normalmente não dá para ser literalmente aplicado na modernidade, que é o que muitos tentam fazer. É claro que existem vertentes mais progressistas do Cristianismo. Mas essa religião, assim como algumas outras, tem um sistema pautado em doutrinas milenares.

Antigamente eram úteis para forner um molde moral à uma sociedade. Mas essas doutrinas perpetuaram ao longo do tempo sem revisão ou atualização para as questões dos tempos atuais.

Não quero fazer nenhum julgamento de valor sobre religiões serem boas ou ruins, mas sim trazer o questionamento do fato de que muitas religiões tendem a ser atiquadas, deterministas e conservadoras.

Isso claramente não funcionou bem em uma era em que a informação não tem mais fronteiras e a tecnologia e a ciência avançaram muito. Diversos estudos e pesquisas recentes indicam que a adesão à religião formal tem diminuído em várias partes do mundo, especialmente em países ocidentais.

O que é espiritualidade?

Espiritualidade é uma dimensão da vida que envolve a busca por um sentido mais profundo, além do mundo material. Como eu expliquei anteriormente, ela vai além das práticas religiosas formais e se refere ao autoconhecimento e o conhecimento da nossa realidade.

Além disso, a espiritualidade permite que encontremos um sentimento de pertencimento, propósito, e transcendência, que pode ser cultivado por meio de diversas práticas. No entanto, ela pode ser realizada sem a necessidade de um intermediário e desvinculada de doutrinas. Ou seja, exatamente o que eu quero trazer aqui: espiritualidade com autonomia.

Quando eu entendi isso, a ficha caiu. Eu sempre procurei respostas sobre o universo e meu propósito. A religião não me deu respostas coerentes e, por mais que a ciência seja minha principal base lógica, ela se divide em suas teorias, que nos deixam mais confusos a cada novo aprendizado.

Só mesmo quando eu me conheci profundamente, de dentro para fora, foi quando eu cnsegui encontrar as respostas e um aquietamento de espírito que busquei por toda minha vida.

Hoje, eu entendo a espiritualidade como sendo autoconhecimento e a dimensão mais importante da vida. Clareza, equilíbrio, cura, felicidade, amor, compreensão e muito mais é possível encontrar quando se conecta com a verdadeira espiritualidade.

Além disso tudo, ela é o combustível que me motiva a buscar ainda mais conhecimento, ajudar as pessoas e compartilhar o que aprendi. E se você é uma pessoa lógica como eu, você precisa de explicações pertinentes para compreender e permitir que a conexão com a espiritualidade.

Então vamos lá!

A resposta para tudo

Sim, acredito que a espiritualidade é a resposta para tudo. Mas não cabe a mim e nem a ninguém introduzir esse entendimento na sua cabeça. Eu e outros tantos espiritualistas somos um mero guia ou suporte para que você faça esse trabalho interno e chegue a essa compreensão. 

Eu vou dar minha versão sobre meu entendimento da realidade pela espiritualidade.

Tudo começou em 2020, quando eu conheci a Astrologia e me encantei por esse estudo. Ela possibilitou que eu me conhecesse, identificase minhas dificuldades e minhas potências. Foi por meio da Astrologia que eu apredi que eu escolho e controlo meu destino.

Cada dia mais eu tinha certeza de que ela poderia explicar quase tudo sobre a realidade. Após ano de estudo, eu definitivamente contestei que ela funciona e faz sentido. Mas não achava que Astrologia fosse espiritualidade.

Em 2023, quando eu já havia conquistado boa parte dos meus sonhos e o que eu almejei, eu experienciei desafios que abalaram meu equilíbrio e testaram meu autoconhecimento. 

Eu me vi perdida e vi que ainda faltava algo na minha vida. Eu estava sedenta por respostas. Eu queria entender o porquê aquilo estava acontecendo, da onde eu vim, para onde estou indo, como posso melhorar e qual o meu propósito.

Naveguei por algumas religiões e busquei conhecimento de várias formas. Eu estava sentindo um chamado forte da minha espiritualidade. Precisava preencher esse vazio dentro de mim e sabia que eu iria encontrar.

Não muito tarde depois da minha busca incessante por respostas, eu encontrei uma pessoa que mudou a chavinha do meu conhecimento espiritual. Mnha mentora Gisele Almeida.

Quase tudo que vou falar aqui foi com ela que aprendi. Ela tem uma forma neutra e lógica de explicar a espiritualidade e nos guiar para um maior nível consciencial, com foco na autonomia.

Antes, preciso enfatizar também uma etapa importante nessa minha jornada. Antes de conhecer a Gisele, eu fiquei obsecada por ver relatos de experiências de quase morte. 

Uma série que assisti na Netflix, Surviving Death, também abriu muito minha mente para essa questão. Ao me deparar com essas investigações, ficou bem claro para mim de que a consciência não está atrelada ao corpo e que a existência vai muito além desta experiência terrena.

Quem somos, de onde viemos, para onde vamos

Sabe a Teoria do Big Bang que aprendemos na escola? Ela é a mais aceita teoria científica para esplicar a criação do mundo. A verdadeira espiritualidade simplesmente confirma o que essa teoria explica.

Antes de existir, o universo era uma singularidade que, para se autoconhecer (daí vem o porquê espiritualidade começa com autoconhecimento), se dividiu e multiplicou. Por meio da dualidade (polaridades negativa e positiva) e da diversidade de experiências, consegue explorar seu potencial máximo criativo.

Agora imagine a criação de um novo ser, que começa com uma célula, o zigoto, que começa a se dividir em células geneticamente idênticas, que também se dividem, multiplicando, e por aí vai.

Agora imagine esse cenário para entender a divisão da singularidade que era o Universo, mas muito rapidamente, o que caracteriza uma explosão.

Para além do que a ciência explica, a espiritualidade acrescenta que tudo no Universo é consciente. O Big Bang foi a decisão consciente da singularidade de ser múltipla para se autoconhecer.

Não foi à toa que dei o exemplo da divisão celular para explicar a criação do Universo. O micro é reflexo do macro e isso pode ser visto e confirmado em diversas formas. A própria descoberta do Quantum atesta isso, já que é a menor partícula na escala subatômicuma que está presente em tudo. Do menor micróbio à maior galáxia. Tudo é energia, que é feita da mesma coisa.

Pois bem, da mesma forma que as células de todo seu corpo derivaram da mesma célula singular e cada uma cumpre sua função, mas seguem o comando da sua consciência, assim funciona no Universo todo.

Podemos até dizer de maneira metafórica que, por exemplo, as galáxias são como partes do corpo do Universo (nesse caso podemos considerar, como alguns dizem, a Fonte, ou até Deus). Os sistemas, como o sistema solar, seriam comparáveis aos sistemas do nosso corpo, como o digestivo, por exemplo. Então, os planetas seriam como os órgãos e nós seríamos as células.

Cada uma cumpre sua função, assim como cada um de nós cumpre nossas funções. Somos diferentes, mas viemos da mesma fonte e somos formados pelo mesmo material. Não existe competição. Tudo é complementar e essencial. Todos estamos aqui cumprindo um propósito.

Outro conhecimento que trazemos da ciência da escola para entender a espiritualidade é sobre energia. Somos feitos de energia. Fato. E energia não morre. Ela sempre se transforma. Então, daí já ficou lógico que não morremos, não é?

Vivemos uma eterna experiência, aprendendo, experiementando e levando o conhecimento de volta para o todo. Ou seja, o Universo como consciência maior.

Lembra, o corpo? Nós levamos o conhecimento para o todo assim como, por analogia, nossa língua experimenta uma comida e passa a informação até o cérebro, através de sinais elétricos, que é interpretado por você (a consciência maior) como um sabor específico.

Espiritualidade e ciência

Temos que concordar que, apesar de nos dar muitas respostas sobre a realidade e o funcionamento das coisas, a ciência não tem todas as respostas. Para falar a verdade, a ciência tem pouquíssimas respostas. Só se conhece 5% do Universo. Os cientistas não têm nem por onde começar a explicar os outros 95% que são constituídos por energia escura.

Mas, cada vez mais, a ciência se aproxima da espiritualidade. Conceitos semelhantes já despertam o interesse de pesquisadores e estudiosos. A teoria Quântica foi um grande avanço nesse quesito.

Sabemos que tudo é energia, vibração e frequência. O que percebemos como sólido, na verdade são várias partículas quantum (energia) vibrando num estado tão rápido que não conseguimos percebê-las. As vibrações são a manifestação dessa energia em movimento, e a frequência é uma medida da natureza desse movimento.

Um átomo é composto por um núcleo, que contém prótons (com carga positiva) e nêutrons (sem carga), cercado por elétrons (com carga negativa).

A estrutura subatômica com as cargas positiva e negativa também retrata um tema central na espiritualidade, a dualidade ou polaridade. Ela rege tudo o que conhecemos, como o bem e o mal, o feminino e o masculino, o dia e a noite, etc. É essa dualidade que gera energia de movimento.

Também podemos entender que moldamos nossa realidade através da nossa cônsciência com os conceitos da física quântica.

A Superposição diz que o observador desempenha um papel crucial na determinação do estado de uma partícula quântica, indicando que as possibilidades são infinitas até que sejam concretizadas. Pensamentos e imaginação já são reais independentes de você ver ou não.

Tudo está interconectado e a comunicação não precisa de meio, ela é direta. É o que o emaranhamento quântico sugere: duas partículas podem estar ligadas de tal forma que o estado de uma afeta instantaneamente o estado da outra, independentemente da distância.

A teoria quântica também descarta espaço-tempo como propriedade universal, que nos leva ao entendimento de que só existe o estado de é, em todo lugar, à todo tempo. A percepção linear do tempo é atribuída por nossa consciência neste estado terreno.

Não tem como duvidar que a física quântica está muito próxima de explicar a realidade como a espiritualidade já a indica. Eu pedi ao Chat GPT que calculasse a probabilidade de a realidade ser como um computador quântico, comparado a um computador clássico. Veja a resposta:

Muito louco né? Mas, por mais complexo que seja, eu queria dar essa explicação mais detalhada antes de partirmos para o entendimento da espiritualidade na prática. Assim, fica mais fácil de entender a lógica de tudo.

Praticando a espiritualidade com autonomia

Se entendemos que somos parte do todo que simplesmente é, temos a potência do Universo dentro de nós. Nós podemos moldar a nossa realidade. Só depende de nós. E se o micro descreve o macro, o autoconhecimento é a porta de entrada para todo o conhecimento do mundo!

Fico animada em falar sobre isso. Quando esse entendimento se formou na minha cabeça, eu só queria gritar para todos sobre o poder que têm dentro de si. Mas não é tão fácil assim. Percebi que falta muito conhecimento para ser compartilhado para que essa conclusão seja tão clara para as pessoas como é para mim. Então, um passo de cada vez. Comecemos com o autoconhecimento.

Há várias formas e ferramentas para se autoconhecer. Eu usei a Astrologia, mas você pode conseguir por meio de psicoterapia, assim como outras pessoas conseguirão por meditação, terapias holísticas, mentorias e afins.

Autoconhecimento é abertura de consciência. Se o objetivo da evolução é ter uma consciência mais elevada, ela começa de dentro para fora. Com autoconhecimento, ou seja, mais consciência, é possível encontrar equilíbrio saindo da polarização (uma hora tá tudo bem, na outra tudo ruim). Isso é evolução espiritual.

Quando você busca evolução de início, pode ser que você gere movimentos diferentes e desafios aparecem para que você desenvolva seus potenciais. Você sai de uma frequência de repetição e entra em uma nova frequência mais alta que traz coisas novas, fora da sua zona de conforto.

Imagine que o universo é um grande computador quântico que está calculando infinitas probabilidades de você existir. Quando você não conhece sua essência e segue sua missão, você age no aleatório, deixando o universo calcular as probabilidades para você de acordo com sua frequência. O que pode fazer que você experiencie muito mais na polaridade negativa.

Quando você se conhece e busca o caminho do meio, ou seja, o equilíbrio, você manifesta sua realidade da forma que preferir, evitando a aleatoriedade. Mas é preciso colocar o conhecimento em ação. Cada um constrói o todo, o micro influencia o macro. Se uma pessoa muda de frequência, a coletividade muda de frequência.

Agora me diz se tudo isso não faz sentido.

Conclusão

Quanto mais você navega dentro da espiritualidade, mais fica claro que absolutamente tudo pode ser compreendido e tudo tem sentido e explicação lógica.

Até compreender religião ficou mais fácil. O Cristianismo, assim como outras religiões, filosofias e mitologias, explica vários desses conhecimentos que tratamos aqui, mas de forma alegórica e sem o fator da autonomia.

A idea de que se precisa de um local, um ritual ou um mestre mediador para se conectar com a espiritualidade e com o divino não cabe dentro da verdadeira espiritualidade. Ela pode até ser alcançada assim, mas a forma mais eficiente e elevada é pela autonomia.

Para ressignificar e resumir, na verdadeira espiritualidade:

• A prática é autônoma, sem necessidade de um local, um ritual específico, ou um intermediador.
• Cada um é essencial e cumpre sua função dentro do todo. A diversidade permite com que você escolha o que funciona melhor para si.
• O micro reflete o macro. É se autoconhecendo que se conhece o outro e o mundo.
• O ato de orar é mesmo que meditar, que, por sua vez, é entrar em conexão com o todo, o estado de é.
• A realidade é moldável. Existem probabilidades, mas você a co-cria com seus pensamentos e ações.
• O que você pensa passa a ser uma probabilidade alcançável.
• Tudo é energia, inclusive sua consciência e o pensamento. Frequência é o que diferencia uma coisa da outra.
• Sua frequência e ações influenciam no coletivo.
• Deus é o todo, o Universo, aquele estado de é. Você faz parte e tem Deus dentro de você. Por isso, também tem o poder de co-criação e transformação tanto de si quanto do ambiente.
• A vida é uma experiência eterna, em que se busca evolução através do conhecimento.
• Dualidade é parte da vida, mas é possível buscar o equilíbrio para uma vida mais leve.
• A ciência está cada ver mais próxima de ser uma aliada.

Tentei tornar o entendimento da espiritualidade simples, mas a verdade é que é bem complexo e nesta dimensão (papo para outro post) não temos consciência elevada o suficiente para compreender por completo.

Este post é para que você entenda a base da espiritualidade e se empodere com o autoconhecimento e a autonomia de co-criar sua realidade.

Pretendo inscrever mais posts com meus entendimentosmais detalhados sobre multidimensionalidade, evolução, entre outros.

Acompanhem o meu Instagram para não perder: https://www.instagram.com/nayararibeiros/